domingo, 4 de fevereiro de 2018

Lapa da Mouração e Anfiteatro da Fórnea

DIÁRIO - CVIII
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Data: 2018 (fevereiro)  

ID do percurso: Lapa da Mouração e Anfiteatro da Fórnea (Alcaria/Porto de Mós)

Início e Fim: Café da Bica (Alcaria)
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Trajeto: Café da Bica > Penas do Castelo (Lapa) > Trilho dos Fósseis Marinhos > Cabeço da Fórnea>  Marco de Alvados > Café da Bica
Distância/Tipo: 9,48 Km / Circular
Tempo: 4,45 horas
Grau de dificuldade: Moderado
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Descrição: De volta a esta zona do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, que nos é muito querida e, como já vem sendo hábito, com paragem obrigatória no "Café da Bica" para carregar baterias.

Procuramos delinear um percurso que nos iria levar por trilhos que na sua maioria já estão delimitados, tentando causar o menor impacto possível no meio, tendo três objetivos: ir à Lapa da Mouração (ou Buraco Maroução), no Castelo de Alcaria/Penas do Castelo, ligar ao trilho dos fósseis de animais marinhos e circundar todo o topo do anfiteatro da Fórnea, desde o Cabeço (lado poente) à Costa de Alvados (lado nascente), descendo em direção a Alcaria por esse lado.

Apesar de não estarmos num meio fácil, o percurso revelou-se acessível e bastante interessante.

A passagem pela vertente da Fórnea do lado de Alvados, poderá ser o desafio maior, mas não foi complicada e a vegetação constituída essencialmente por tufos de alecrim, não é muito alta e é facilmente transponível, mesmo a entrada para a Lapa da Mouração, apesar de obrigar a entrar de gatas, só se for muito corpulento é que poderá obrigar a sujar a roupa, porque terá de se deitar no chão.

Esta gruta da Mouração não é muito extensa, sendo formado por uma grande sala logo ao início e que fica ao nível do solo, seguida de outra sala que fica a um nivel mais baixo. Para a visitação recomenda-se levar frontal (pode ser a lanterna do telemóvel, se for mais do que um tanto melhor).

Para todo o percurso, e porque este não está marcado pela sinalética habitual das pequenas rotas, recomenda-se o uso de equipamento adequado (GPS), com a trilha gravada e dos bastões.
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Penas do Castelo ou Castelo de Alcaria (uma escarpa de falha, constituindo uma barra calcária que liga o Castelo de Alcaria ao Castelejo)

Lapa da Mouração:
 Gruta ou Lapa natural, conhecida por Lapa da Mouração ou Buraco Maroução, onde foram encontrados vestígios arqueológicos (artefactos de pedra polida e cerâmicos), o que leva a supor a existência de um povoado primitivo. A entrada faz-se por uma pequena abertura junto ao chão e com a ajuda de um frontal (lanterna) damos logo para uma grande sala que, não tendo a imponência das outras grutas mais conhecidas nas próximidades, não deixa por isso de ser interessante.


















Trilho dos Fósseis Marinhos:
Nesta zona mais elevada podemos encontrar fósseis (amonoides, bivalves, braquiópodes e belemnites) numa extensão de algumas dezenas de metros, pondo em evidência a origem marinha das formações calcárias que constituem este Maciço Calcário Estremenho ou Maciço de Porto de Mós, como também é conhecido.







Pausa para o almoço e contemplar a magnífica paisagem, rodeados de aromáticas (alecrim e tomilho)



Cabeço da Fórnea









Passar muro (1)

Passar muro (2)



Marco de Alvados


Anfiteatro da Fórnea


Mapa do percurso

domingo, 28 de janeiro de 2018

PR2 (RMR) - Chãos / Alcobertas

DIÁRIO - CVII
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Data: 2018 (janeiro)  

ID do percurso: PR2 (RMR) - Chãos / Alcobertas

Início e Fim: Centro de Tecelagem Artesanal de Chãos (Rio Maior)
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Trajeto: Centro de Tecelagem Artesanal de Chãos > Outeiro > Casais Monizes > Parque Eólico >  Lagoa dos Candeeiros > Centro de Tecelagem Artesanal de Chãos
Distância/Tipo: 14,87 Km / Circular
Tempo: 4,58 horas
Grau de dificuldade: Moderado/Baixo
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Descrição: No sopé dos Candeeiros, a sul desta serra, iniciamos esta pequena rota que tem duas opções de variantes, das quais optamos, por mera comodidade, pela que não passa pela povoação de Alcobertas, ficando para mais tarde a visita a esta povoação e aos vestígios arqueológicos de que é detentora.

Com início no Centro de Tecelagem Artesanal de Chãos, antiga casa florestal, local onde também se pode estacionar a viatura, seguimos em direção à povoação de Chãos, a que se seguirá a de Outeiro, iniciando-se a partir daí a subida para Casais Monizes, percorrendo todo o Vale Galego, uma zona onde ainda predomina alguma vegetação autóctone, e que nos leva a passar ao lado de um longo maciço escarpado, conhecido por “Penas da Andorinha”, local onde se podem avistar pequenas aves de rapina.

Saindo das zonas habitacionais, vamos percorrendo caminhos tradicionais, estradões, carreteiros de pé posto, por entre vegetação cerrada de carrascos (azinhos), ladeando muros de pedra solta (chousos) em direção ao parque Eólico, na cumeada da serra dos Candeeiros, onde o maciço calcário se estende no planalto, coberto por extensas manchas de alecrim e de pimenteiras (tomilhos), vegetação rasteira que aqui é dominante.

É neste local privilegiado que nos é possível avistar todo o litoral que se estende até ao mar, e, na ausência de neblinas, nos permite vislumbrar o Arquipélago das Berlengas.
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Início (Centro de Tecelagem Artesanal de Chãos)





Vale Galego



















Lapiás (afloramentos rochosos, que resultam da desagregação da rocha calcária que está exposta aos fenómenos atmosféricos, principalmente a chuva e o gelo)


Vértice Geodésico dos Candeeiros

Cruzeiro, erigido em honra de Nª. Sra. da Conceição (1946)

Vista para o arquipélago das Berlengas




Lagoa dos Candeeiros


Pedreira de calcite




Duas gerações lado a lado, ambas vocacionadas para aplicar a energia eólica em trabalhos mecânicos.