domingo, 25 de janeiro de 2015

PR5 (PMS) – Castelejo

DIÁRIO - XX
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Data: 2015 (janeiro)
ID do percurso: PR5 (PMS) – Castelejo
Início/Fim: Alvados (concelho de Porto de Mós).
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Trajeto: Alvados > Centro de Atividades > Costa de Alvados > Chainça > Patelo > Vale da Canada > Alvados
Distância/Tipo: 13 Km / Circular
Tempo: 6 horas
Grau de dificuldade: Fácil a Moderado (baixo)
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Descrição:  Um dos percursos mais interessantes da Serra de Candeeiros, do ponto de vista natural e paisagístico, promovido tanto pela autarquia local como pelo ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas), decorrendo na zona norte do Planalto de Santo António. 


Depois da alvorada, verificação rápida do equipamento, calçar as botas e lá seguimos em direção à povoação de Alvados.


Esta localidade situa-se numa depressão envolta por dois planaltos tendo à esquerda o de Santo António, que termina na Costa de Alvados e que iremos subir, e do lado direito, o de São Mamede, partido por uma escarpa conhecida por Pena da Falsa.

Estacionamos no centro da povoação, num pequeno parque em frente à capela. Depois de breve pausa para nos orientarmos e acordar com o sentido que deveríamos tomar, optamos por seguir em direção à estrutura de apoio às atividades desportivas (Centro de Atividades ao Ar Livre de Alvados) e desde aí, seguindo as marcas do trilho, atacar a subida da Costa de Alvados que se faz por um carreiro pedregoso que sobe na diagonal. A inclinação é um pouco acentuada mas não nos intimida e muito menos aos amantes do BTT que se cruzaram connosco e que, mesmo correndo alguns riscos, desciam esta encosta com demasiada velocidade.

Do alto, a paisagem sobre a depressão de Alvados é magnífica, podendo ver-se em baixo a zona agrícola de sequeiro onde predomina o olival, a Lagoa de Alvados e de um lado do vale a silhueta do Castelejo, onde iremos passar no regresso e do outro lado a Serra Galega que se mostra por cima da povoação de Alcaria.

Chegados ao topo da subida a paisagem altera-se. Os terrenos estão compartimentados com muros de pedra os “chousos”, que albergam os animais (ovinos e bovinos) e os campos de pasto.

Continuamos no sentido contrário ao cabeço da Fórnea que se avista para NW, seguindo as marcas colocadas nos referidos muros, algumas já a precisar de tinta fresca, até chegarmos ao estradão de brita (branca) passando nas imediações do geodésico da Atalaia e próximo das pequenas povoações de Chainça e mais adiante Covões Largos, onde avistamos alguns dos exemplares da fauna típica desta serra: gralha-de-bico-vermelho (muitas), peneireiro-comum (dois) e perdizes (seis) e foi com agradável surpresa que, quando chegamos às proximidades do marco geodésico, conseguimos avistar para NE as serras do Açor e da Estrela, cobertas por um denso nevão.

Depois de atravessar a zona de planalto iniciamos a descida do Patelo até ao Vale da Canada, avistando-se à nossa frente uma das maiores escarpas de falhas do Maciço Calcário e que dá o nome a este bonito percurso, o Castelejo, que um dia iremos tentar transpor.

Já próximo do final, saímos do estradão por um trilho que quase nos passava despercebido e que atravessa a ribeira da Canada pela frente do maciço do Castelejo, levando-nos, sempre a descer, por um pequeno bosque de carvalhos até chegarmos à povoação de Alvados. 


Bonito percurso paisagístico, cujo grau de dificuldade anda entre o baixo a médio. 

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Ao fundo um manto de neve cobre as serras do Açor e Estrela.
















domingo, 18 de janeiro de 2015

PR7 (PMS) - Corredoura

DIÁRIO - XIX
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Data: 2015 (janeiro)
ID do percurso: PR7 (PMS) – Corredoura (Ecopista)
Início/Fim: Parque de merendas da Corredoura (concelho de Porto de Mós).
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Trajeto: Parque de merendas > Túnel > Serra da Pevide > campo de futebol da Bezerra > Vale da Fonte > Pedreira > Moinhos e Geodésico > Parque de merendas
Distância/Tipo: 12 Km / Circular
Tempo: 5 horas
Grau de dificuldade: Fácil
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Descrição:  A manhã estava fria, mas calhava bem. Juntando o útil ao agradável, escolhemos de novo a Serra de Candeeiros para desemperrar as pernas e testar os agasalhos que pretendemos usar numa muito próxima aventura na Serra da Estrela.

Escolhemos esta parte mais a norte dos Candeeiros pois sabíamos que, com este tempo, lá no topo da Ecopista o vento tornava as condições meteorológicas mais agrestes e não nos enganamos, estava mesmo um gelo e deu para perceber que o vestuário que levamos não era suficiente para enfrentar o clima da outra Serra, a da Estrela.

Chegados à localidade de Corredoura, temos a indicação (placa castanha) do caminho para a Ecopista. Subimos com o carro ainda pela rua asfaltada e depois por caminho de brita (branca) que termina num largo (parque de merendas), lá bem no alto, onde iniciamos o percurso no sentido contrário aos ponteiros do relógio.

O trilho percorre uma antiga linha de caminho de ferro, já desativada, que fazia o transporte de carvão das minas da Bezerra para Porto de Mós, minério que servia para alimentar a central termoelétrica e as cimenteiras da Maceira.

O caminho que ficou, depois de desativada a linha, era de progressão difícil uma vez que era composto de cascalho grosso, mas hoje já não é assim, visto que a Autarquia fez um bom trabalho ao preparar esta antiga linha dotando-a de condições ideais para o BTT e para a circulação de grupos de famílias de todas as idades, criando áreas de lazer dotando-as de algum mobiliário (mesas, bancos, vasos para plantas) feito dos materiais que restaram da antiga linha (as traves de madeira dos carris).

Percorremos a primeira parte superior do percurso, passando logo no início pelo túnel e seguindo em direção à povoação da Bezerra, admirando a paisagem que se desfruta para o vale que corre à nossa esquerda.

Chegados ao campo de futebol regressamos pelo caminho inferior, descendo ao Vale da Fonte, contornando a imponente Pena Alagada, seguindo pelo bosque de carvalhos ao qual se sucedem os terrenos agrícolas, os olivais e os pomares.

Antes de chegarmos ao ponto de partida passamos por uma pedreira, a Pedreira das Mós, onde se extraíam antigamente as pedras para a construção das mós, sendo atualmente explorada como britadeira e desviamos um pouco do trilho para subirmos aos moinhos que se avistavam lá no alto da serra e ao geodésico do Cabeço Grande.

Percurso fácil, sendo aconselhável fazer com tempo limpo uma vez que, da linha superior, conseguimos ver as grandes fábricas cimenteiras de Maceira e Pataias, uma grande extensão da nossa costa, a Nazaré, o ilhéu das Berlengas e o mais que a vista de cada um alcança.

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