sábado, 3 de setembro de 2016

PR 05 – COVÃO DO FERRO

DIÁRIO - LXI
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Data: 2016 (setembro) 
ID do percurso: PR 05 – COVÃO DO FERRO
Início e Fim: Torre (Serra da Estrela)
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Trajeto: Torre > Alto da Torre > Paredão da Barragem do Covão do Ferro > Covão da Mulher > Espinhaço do Cão > Senhora da Boa Estrela > Torre
Distância/Tipo: 9,64 Km / circular
Tempo: 7,10 horas
Grau de dificuldade: Moderado
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Descrição: Das várias vezes que consultamos o Mapa do Parque Natural da Serra da Estrela (escala 1/25000), para nos ajudar na orientação em outros destinos no Parque, sempre comentávamos este circuito que, à semelhança de outros, aí se lhe dá o devido destaque, pelo que resolvemos agora enfrentar mais este desafio, cativados também pelo bonito quadro de beleza natural que víamos nesta zona da montanha quando, em outros momentos, circulávamos noutros percursos pela vizinhança.

Após alguma pesquisa no portal da Beira.pt, descobrimos alguma informação para este percurso (circuito 1, deste portal), mas, à semelhança de outros trilhos aí inseridos, pareceu-nos que a informação aí alojada já terá alguns anos, carecendo de alguma atualização e também não funcionam as hiperligações para descarga dos PDF’s dos mapas dos trilhos.

Assim, procurando seguir o nosso sentido prático, “desrespeitamos” o sentido recomendado pelo Portal das Beiras e excluímos a subida às ruínas do terminal do teleférico, nos Piornos, e aceitamos o caminho indicado pelo Mapa do Parque, na parte final do percurso (Sra.da Estrela>Torre), evitando assim algum asfalto.

Por comodidade optamos por iniciar o percurso na Torre e junto ao radar que se localiza mais a sul, rumando a sudeste em direção ao “jardim” de mariolas plantadas por quem se limita a visitar o espaço da Torre, pelo que na falta de outra sinalização, a orientação inicial fez-se apenas pelo Mapa do Parque, até às proximidades do cervunal do Alto da Torre, que fica junto às ravinas usadas como corredores de escalada invernal, encontrando aí as primeiras marcas do trilho (traço vermelho, complementados por mariolas), que seguimos com alguma facilidade até ao corte para o Espinhaço do Cão, que é a crista rochosa formada pela moreia lateral do Glaciar de Alforfa e que começamos a subir quando chegamos perto da portela da Nave de Santo António.

Desde este ponto, seguimos pelo trilho do Major até à Torre, caminho que coincide com parte do percurso do PR6-Rota do Glaciar, orientando-nos agora com as marcas vermelhas e amarelas, complementadas também por mariolas.

Este foi um trilho de montanha muito agradável de fazer, repleto de paisagens fantásticas, ou não estivéssemos na Estrela e, embora se classifique com algum grau de exigência devido ao desnível acumulado, desde que feito fora dos rigores das estações do ano é perfeitamente acessível a quem está habituado a caminhos de montanha, pese embora que, neste dia, a falta de vento e o calor sentido na metade final do percurso nos tivesse obrigado a longas paragens, aproveitando as poucas sombras disponíveis.
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Na falta de neve, brinca-se com as pedras





Cervunal do Alto da Torre




No inverno é usual fazerem escalada por aqui.



Tirando as medidas...

As barragens do Padre Alfredo ou do Covão do Ferro e mais ao longe a do Viriato


Subindo entre piornais



Em destaque o pico do Terroeiro (Vértice Geodésico) e na linha
 do horizonte divisam-se as montanhas xistosas da Lousã



Uma pausa para descansar o espírito.



Local escolhido para repor energias.





Covão da Mulher, aos pés da barragem.


Cervunal da Nave de Santo António


Vista para as Três Irmãs
(este nome que damos aos afloramentos rochosos em destaque,
não existe oficialmente, mas gostamos de lhes chamar assim)


Subida pelo Espinhaço do Cão



Á esquerda o Alto da Pedrice e ao centro o vale glaciar de
Alforfa que se estende até Unhais da Serra


As cristas que bordejam as paredes invernais de escalada e
que percorremos na descida desde a Torre até ao paredão da barragem

"Refugio" para escapar ao calor
(túnel de águas que passa debaixo da estrada N339)




Senhora da Boa Estrela



Projeto inacabado do terminal do teleférico


No regresso a Manteigas, não resistimos a ficar com um postal do vale Glaciar do Zêzere ...

... e com outra vista para a Parede Fantasma, enquadrada entre Tramazeiras.