DIÁRIO - XLIII
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Data: 2016 (janeiro)
ID do percurso: (PNSAC) - Fórnea e Nascente do Lena
Início e Fim: Estacionamento “Café da Bica” (Alcaria/Porto de
Mós)
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Trajeto: Café da Bica (Alcaria) > Penas do Castelo
> Nascentes do Lena > Fórnea > Café da Bica
Distância/Tipo: 13,54Km / circular
Tempo: 6,45 horas
Grau de dificuldade: Moderado
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Descrição: De volta à Fórnea de Alcaria, depressão natural, cujo nome é
dado localmente por se assemelhar a um forno.
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As caraterísticas do terreno e as superfícies altas, limitadas por escarpas, além de formarem um belo quadro paisagístico, são
excelentes para ensaiar caminhadas de manutenção ao longo do ano e ajudam a
preparar o corpo e a mente, para os trilhos de montanha mais exigentes.
Ensaiamos este percurso, não sinalizado, junto ao “Café da Bica”, local que, desde o primeiro dia, tem
sido de passagem obrigatória, não só pela qualidade do dito café como também pela simpatia de quem nos recebe.
Seguimos então em direção à placa de madeira que se avista
junto à estrada e que indica o caminho para a Fórnea.
Tomamos o estradão de terra que ladeia a Ribeira da Fórnea
até ao cruzamento que atravessa esta ribeira, local onde desviamos para começar
a subir pelo estradão em direção ao cabeço das Penas do Castelo.
Neste percurso passamos bem junto da sua plataforma,
conhecida também por Povoado das Penas do Castelo, é uma escarpa imponente,
onde foram detetados vestígios arqueológicos que provam a existência de um
povoado.
A flora Mediterrânica e as plantas aromáticas acompanham-nos
na descida até às nascentes do Lena permitindo-nos, ao longo da densa vegetação, alguns
encontros com a fauna local com destaque, neste dia, para as perdizes que
levantam voo à medida que avançamos, não dando tempo para disparar a única “arma”
que sempre nos acompanha nas caminhadas (máquina fotográfica).
Agora é tempo de começar a subir, primeiro pelo caminho que
nos leva a uma zona elevada onde são abundantes os fósseis (Amonites,
Braquiópodes), a uma cota de 421 m, que provam a origem
marinha das formações que constituem este maciço calcário e depois rumo ao
cabeço da Fórnea, onde iremos almoçar no campo de Lapiás (afloramentos rochosos
que resultam da dissolução superficial da rocha calcária), rodeados de
aromáticas (alecrins e pimenteiras ou tomilho).
O desafio final fica com a descida da cascalheira que nos
leva ao fundo do anfiteatro da Fórnea.
Penas do Castelo |
Vista para a Serra da Pevide e Ecopista (circuito misto) |
Vista para Porto de Mós e o seu Castelo |
Bordejando o rio Lena |
Pilriteiro |
Amonite |
Braquiópode |
Caminhando junto aos "Chousos", muros de pedra solta. |
Campainhas-amarelas (Narcissus bulbocodium) |
Escarpas do Cabeço da Fórnea |
O merecido almoço |
Bordejando o Cabeço da Fórnea |
Fórnea |
Cascalheira |
Lapa da Cova da Velha |