domingo, 30 de novembro de 2014

PR2 (PMS) Arco da Memória

DIÁRIO - XVIII
____________________________________________________________

Data: 2014 (novembro)
ID do percurso: PR2 (PMS) Arco da Memória
Início/Fim: Parque de Campismo Rural do Arrimal (concelho de Porto de Mós).
____________________________________________________________

Trajeto: Parque de Campismo > Cabeço Gordo > Arco da Memória > Parque de Campismo
Distância/Tipo: 6 Km / Circular
Tempo: 3 horas
Grau de dificuldade: Fácil
____________________________________________________________

Descrição:  O domingo amanheceu nublado e embora não chovesse, já dava sinais de começar a pingar a qualquer momento, mas tal não era motivo para desistir dos planos feitos dias antes: regressar à Serra de Candeeiros e fazer este PR2- Arco da Memória e também o PR1- Serra da Lua, ambos com início em frente ao parque de campismo mas seguindo por caminhos opostos.

Arrancamos em direção a Porto de Mós e daí fomos pela estrada que passa por Serro Ventoso em direção à localidade de Arrimal.

Aí chegados, estacionamos a viatura em frente ao parque de campismo da povoação, perto de um pequeno oásis formado pela Lagoa Grande do Arrimal, um dos pontos de interesse que constam na descrição do folheto do percurso que consultamos na página da internet do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC).

O trilho desenrola-se em volta da povoação, inicialmente por um troço pequeno de alcatrão e depois maioritariamente por caminhos de terra e carreiros, levando o caminheiro a observar diversos aspetos desta região calcária, como os olivais dispersos pelos vários chousos ou muros feitos de pedra, o bosque de carvalho negral, por onde passamos na primeira parte do percurso e antes de subirmos à cota mais alta no marco geodésico do Cabeço Gordo (549m), os moinhos abandonados, o relevo e o coberto vegetativo da serra, polvilhada aqui e ali de aromáticas (tomilho, alecrim, poejo), culminando no marco divisório das terras que foram atribuídas aos Monges de Cister no reinado de D. Afonso Henriques, o Arco da Memória, que foi restaurado recentemente, com lavagem de cara, mas pareceu-me que foram substituídas algumas pedras originais das que circundam o Arco.

Confesso que gostava mais do aspeto antigo deste monumento que também divide os concelhos de Porto de Mós e Alcobaça e que já havíamos visto na foto do folheto do percurso.

Antes de retomarmos o trilho oficial desviamo-nos, por breves instantes, indo em direção ao parque eólico que se avista a pouca distância do monumento e cujas ventoinhas estavam hoje particularmente ativas, visto que o vento aumentava de intensidade e a chuva miudinha principiava a cair.

Metem respeito as imponentes pás das ventoinhas, bem como o som que emitem ao cortar o vento, á medida que nos abeiramos das suas estruturas.

Apesar do frio e da época do ano, ainda encontramos uma cobra já em estado letárgico, certamente em busca de um espaço para passar os meses frios que aí vêm.

Regressamos ao ponto de partida, deixando para melhores dias o outro percurso, PR1-Serra da Lua.
_________________________________________________











domingo, 16 de novembro de 2014

PR1 (VLR)-Trilho das Cascatas

DIÁRIO - XVI
____________________________________________________________

Data: 2014 (outubro e novembro)
ID do percurso: PR1 (VLR)-Trilho das Cascatas (Vila de Rei)
Início/Fim: Mercado Municipal de Vila de Rei (Distrito de Castelo Branco)
____________________________________________________________

Trajeto: Mercado Municipal > ribeira do Lavadouro > ribeira do Vale Feito > ribeiro da Vila > Mercado Municipal
Distância/Tipo: 10 ½ Km / Circular
Tempo: 6 horas
Grau de dificuldade: Moderado
____________________________________________________________

Descrição:  De volta a esta vila do centro de Portugal para realizar este trilho pela segunda vez, agora na companhia dos Silvas mais jovens.

Vila de Rei é uma vila pacata localizada mesmo no centro de Portugal Continental e para explicar onde se situa é bastante exemplificar com a dobragem do mapa de Portugal.

Pegue-se no dito mapa e dobre-o ao meio na vertical e faça o mesmo agora na horizontal. O vinco que é feito pela interseção das duas dobras marca a Vila de Rei, mais precisamente o Centro Geodésico de Portugal Continental, que se localiza na serra da Melriça a cerca de 2km da Vila.

Iniciamos este interessante percurso no centro da Vila, junto ao bonito e bem conservado Mercado Municipal.  Defronte a este mercado encontra-se a placa identificativa do trilho que nos indica a direção a tomar e que nos leva a sair do empedrado para a estrada de alcatrão até ao campo de futebol, junto ao qual se encontra a segunda placa do circuito que nos indica a saída pelo caminho de terra à nossa esquerda em direção ao Escalvadouro.

Ao longo do percurso sobranceiro à ribeira do Escalvadouro, os Medronheiros selvagens que nesta altura do ano se encontram carregados de frutos maduros, emprestam uma beleza que embriaga os sentidos e o caminheiro que não se contenha no seu consumo.

Seguimos entre caminhos fáceis e estradões largos até chegarmos ao moinho de água do Escalvadouro, junto ao qual se precipitam as águas da Ribeira das Trutas, formando a primeira das cascatas que vamos admirar ao longo do trilho.

Estes meses têm sido de muita pluviosidade e o caudal das ribeiras vai alto, pelo que as cascatas estão na sua plenitude e as suas águas precipitam-se lá do alto em grande estrondo, terminando em lagoas que convidam ao banho. Aqui, no Escalvadouro, tivemos tempo para descobrir uma Cache, algures por detrás do véu da cascata.

A partir deste ponto a paisagem encontra-se em estado quase selvagem, como gostamos, mas a progressão no terreno faz-se com mil cuidados, quer pelo caudal da ribeira, as pedras molhadas, a densa vegetação, as silvas (não nós, aquelas trepadeiras com picos) e as descidas e subidas acentuadas e não há como escapar de molhar o pé e não só, visto que o trilho nos obriga a transpor as margens da ribeira em alguns sítios ou a andar literalmente no seu leito com água acima do joelho ou mais (não adianta tirar as botas, acreditem que é melhor continuar calçado).

Mais adiante, depois de passarmos pelo sopé da aldeia de Paredes, descemos em direção à Ribeira da Vila seguimos ao longo da margem da ribeira indo ao encontro de mais um conjunto de admiráveis cascatas. A partir daqui e até chegarmos à estrada, que iremos atravessar, a progressão faz-se com muito cuidado, sendo particularmente difícil com piso molhado. Depois da estrada seguimos por caminho de pinhal até encontrar de novo o alcatrão e seguir em direção ao ponto de partida no centro da vila.

Ainda tivemos tempo de ir ao Centro Geodésico de Portugal Continental, agora de carro, claro, subindo ao topo da serra da Melriça donde se avista a nossa amada Serra da Estrela.

Percurso de cinco estrelas.
____________________________________________________