domingo, 5 de junho de 2016

Cântaros Magro e Raso

DIÁRIO - LVII
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Data: 2016 (junho) 
ID do percurso: Cântaros Magro e Raso
Início e Fim: Centro de Limpeza de Neves (Piornos/Serra da Estrela)
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Trajeto: Centro de Limpeza de Neves > Nave de Sto.António > Covão da Ametade > Covão Cimeiro > Cântaro Magro > Covão do Boi > Cântaro Raso > Sra. da Boa Estrela >  Nave de Sto.António > Centro de Limpeza de Neves
Distância/Tipo: 10,4Km  / circular
Tempo: 7,31  horas
Grau de dificuldade: Dificil
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Descrição: Este é daqueles percursos que se devem fazer com alguma preparação e com condições meteorológicas ideais e, se não fora isso, talvez que a noite mal dormida e a viagem de quase três horas que levamos para aqui chegar, nos tivessem demovido de fazer esta caminhada.

A Serra estava linda, vestida de primavera, tingida de amarelos, rosas e brancos, e este cenário ainda atrasou o início da caminhada porque nos “obrigou” a várias paragens para tirar algumas fotos, de forma que optamos por estacionar o carro logo que chegamos aos Piornos, no parque que fica defronte ao centro de limpeza das neves.

Breve preparação e descemos à pradaria de montanha ou cervunal da Nave de Sto. António, construindo desde aí um trilho circular, no sentido contrário aos ponteiros do relógio, que nos leva a passar neste início de percurso por um pequeno bosque de bétulas e pinheiros-silvestres, que logo abandonamos, para descer à estrada que nos permite admirar toda a grandeza do Vale Glaciar do Zêzere e nos leva até ao Covão da Ametade.

Começamos aqui verdadeiramente o nosso trilho de montanha, neste recanto paradisíaco, onde o rio Zêzere começa a dar os primeiros passos, e iniciamos a subida que começa por ser algo íngreme, mas que ainda se faz bem.

A pouco e pouco vamos deixando para trás a pequena floresta de vidoeiros e logo chegamos ao Covão Cimeiro, este anfiteatro natural da Serra da Estrela, onde as primeiras águas do Zêzere se juntam, depois de drenadas das encostas dos Cântaros, para seguirem o seu caminho natural em direção aos níveis inferiores.

Pequena pausa para reforço e logo descemos até à orla do cervunal, indo ao encontro do caos de blocos graníticos que nos levam à cascalheira da “Rua das Roseiras”.

Agora é que começa a subida penosa até ao nível superior do Cântaro Magro, sobranceiro à estrada, com a subida ao cume a ficar para outra etapa.

A paisagem majestosa do Cântaro, vista do sopé, mete respeito e quando chegamos ao patamar junto à estrada, a sensação de termos cumprido o desafio para o qual nos preparamos é gratificante e foi também bonito de se ver a escalada da parede virada a poente, levada a cabo por um pequeno grupo de afoitos que já cumpriam metade da sua epopeia. Mas a nossa praia era outra e não ficamos para testemunhar a chegada ao topo.

A partir daqui todo o resto do percurso foi fácil, apenas uma pequena subida sem complicações até ao Cântaro Raso, adornado no seu cume com um círculo de mariolas gigantes, avistando-se deste ponto uma paisagem de encher o olho e o coração, com vista para todos os quadrantes (a Torre, os outros Cântaros irmãos, o Poio do Judeu, a Nave Sto.António, a Lagoa do Viriato, os Poios Brancos, a Ametade, o Vale Glaciar).

Aproveitamos para fazer a segunda pausa para reforço, descendo depois em direção ao Covão do Boi e à Sra. da Estrela, para iniciarmos então a longa descida do Espinhaço de Cão pelo Trilho do Major, com vistas para o Covão do Ferro, o Covão da Mulher, a barragem do Padre Alfredo e o vale glaciário de Alforfa, caminho que nos levou de novo à Nave de Sto. António, com passagem pelo fontanário para nos refrescarmos e daí regressamos ao ponto de partida, concluindo mais um percurso fantástico, embora exigente, nesta Serra maravilhosa.

E agora, rumo a Manteigas que a família Lopes já nos espera.
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Vista para o Vale Glaciar de Alforfa
Nave de Santo António
Casa abrigo da Nave de Sto.António

Pequeno bosque antes de descer à estrada.

Fonte da Jonja

Covão da Ametade

Início da subida até ao Covão Cimeiro
Vista para o Cântaro Magro
Vista para a Pedra do Equilíbrio



O caminho entre a vegetação que esconde linhas de água e o caos de blocos de granito.

Cervunal do Covão Cimeiro
Vista para o outro Cântaro, o Gordo




Cascalheira da "Rua das Roseiras"
Lá em cima o viaduto que suporta a estrada que segue para a Torre.
Já falta pouco...



Os dois cotas no Corredor dos Mercadores
Os Cântaros Magro e Gordo e lá em baixo o Covão Cimeiro
Grupo de escaladores a trepar a parede oeste.


As "queijeiras" do Covão do Boi




Cântaro Raso


Vista para o Covão da Ametade e Vale Glaciar do Zêzere
Ela já escolheu a "poltrona", porque este é o momento para fazer uma pausa para contemplar uma das mais belas paisagens da Serra da Estrela.


Senhora da Boa Estrela

Covão do Ferro

Barragem do Padre Alfredo 
Junto ás casas, o Covão da Mulher, e ao fundo, o Vale Glaciar de Alforfa, o Alto da Pedrice e a Cascalheira do Diabo.
A concluir o Trilho do Major
Vista para o Geodésico do Cascalvo

Fontanário da Nave de Santo António
Ela hoje faz anos e também por isso está radiante. Parabéns.