DIÁRIO - LVII
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Data: 2016 (junho)
ID do percurso: Cântaros
Magro e Raso
Início e Fim: Centro de Limpeza de Neves (Piornos/Serra da Estrela)
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Trajeto: Centro de Limpeza de Neves > Nave
de Sto.António > Covão da Ametade > Covão Cimeiro > Cântaro Magro >
Covão do Boi > Cântaro Raso > Sra. da Boa
Estrela > Nave de Sto.António > Centro de Limpeza de Neves
Distância/Tipo: 10,4Km / circular
Tempo: 7,31 horas
Grau de dificuldade: Dificil
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Descrição: Este é daqueles percursos que se devem fazer
com alguma preparação e com condições meteorológicas ideais e, se não fora
isso, talvez que a noite mal dormida e a viagem de quase três horas que levamos
para aqui chegar, nos tivessem demovido de fazer esta caminhada.
A Serra estava linda, vestida de primavera,
tingida de amarelos, rosas e brancos, e este cenário ainda atrasou o início da
caminhada porque nos “obrigou” a várias paragens para tirar algumas fotos, de
forma que optamos por estacionar o carro logo que chegamos aos Piornos, no
parque que fica defronte ao centro de limpeza das neves.
Breve preparação e descemos à pradaria de montanha ou cervunal da Nave
de Sto. António, construindo desde aí um trilho circular, no sentido contrário
aos ponteiros do relógio, que nos leva a passar neste início de percurso por um pequeno
bosque de bétulas e pinheiros-silvestres, que logo abandonamos, para descer à
estrada que nos permite admirar toda a grandeza do Vale Glaciar do Zêzere e nos
leva até ao Covão da Ametade.
Começamos aqui verdadeiramente o nosso trilho
de montanha, neste recanto paradisíaco, onde o rio Zêzere começa a dar os
primeiros passos, e iniciamos a subida que começa por ser algo íngreme, mas que
ainda se faz bem.
A pouco e pouco vamos deixando para trás a
pequena floresta de vidoeiros e logo chegamos ao Covão Cimeiro, este anfiteatro
natural da Serra da Estrela, onde as primeiras águas do Zêzere se juntam,
depois de drenadas das encostas dos Cântaros, para seguirem o seu caminho
natural em direção aos níveis inferiores.
Pequena pausa para reforço e logo descemos até à
orla do cervunal, indo ao encontro do caos de blocos graníticos que nos levam à
cascalheira da “Rua das Roseiras”.
Agora é que começa a subida penosa até ao nível
superior do Cântaro Magro, sobranceiro à estrada, com a subida ao cume a ficar
para outra etapa.
A paisagem majestosa do Cântaro, vista do sopé,
mete respeito e quando chegamos ao patamar junto à estrada, a sensação de termos cumprido
o desafio para o qual nos preparamos é gratificante e foi também bonito de se ver a escalada da parede virada a poente, levada a
cabo por um pequeno grupo de afoitos que já cumpriam metade da sua epopeia. Mas a nossa praia era outra e não ficamos para testemunhar a chegada ao topo.
A partir daqui todo o resto do percurso foi fácil, apenas uma pequena subida sem complicações até ao Cântaro Raso, adornado
no seu cume com um círculo de mariolas gigantes, avistando-se deste ponto uma
paisagem de encher o olho e o coração, com vista para todos os quadrantes (a
Torre, os outros Cântaros irmãos, o Poio do Judeu, a Nave Sto.António, a Lagoa
do Viriato, os Poios Brancos, a Ametade, o Vale Glaciar).
Aproveitamos para fazer a segunda pausa para
reforço, descendo depois em direção ao Covão do Boi e à Sra. da Estrela, para iniciarmos então a longa descida do Espinhaço de Cão pelo Trilho do Major, com vistas para o
Covão do Ferro, o Covão da Mulher, a barragem do Padre Alfredo e o vale glaciário de Alforfa, caminho
que nos levou de novo à Nave de Sto. António, com passagem pelo fontanário para
nos refrescarmos e daí regressamos ao ponto de partida, concluindo mais um
percurso fantástico, embora exigente, nesta Serra maravilhosa.
E agora, rumo a Manteigas que a família Lopes
já nos espera.
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Vista para o Vale Glaciar de Alforfa |
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Nave de Santo António |
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Casa abrigo da Nave de Sto.António |
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Pequeno bosque antes de descer à estrada. |
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Fonte da Jonja |
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Covão da Ametade |
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Início da subida até ao Covão Cimeiro |
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Vista para o Cântaro Magro |
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Vista para a Pedra do Equilíbrio |
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O caminho entre a vegetação que esconde linhas de água e o caos de blocos de granito. |
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Cervunal do Covão Cimeiro |
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Vista para o outro Cântaro, o Gordo |
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Cascalheira da "Rua das Roseiras" |
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Lá em cima o viaduto que suporta a estrada que segue para a Torre. |
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Já falta pouco... |
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Os dois cotas no Corredor dos Mercadores |
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Os Cântaros Magro e Gordo e lá em baixo o Covão Cimeiro |
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Grupo de escaladores a trepar a parede oeste. |
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As "queijeiras" do Covão do Boi |
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Cântaro Raso |
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Vista para o Covão da Ametade e Vale Glaciar do Zêzere |
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Ela já escolheu a "poltrona", porque este é o momento para fazer uma pausa para contemplar uma das mais belas paisagens da Serra da Estrela. |
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Senhora da Boa Estrela |
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Covão do Ferro |
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Barragem do Padre Alfredo |
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Junto ás casas, o Covão da Mulher, e ao fundo, o Vale Glaciar de Alforfa, o Alto da Pedrice e a Cascalheira do Diabo. |
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A concluir o Trilho do Major |
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Vista para o Geodésico do Cascalvo |
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Fontanário da Nave de Santo António |
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Ela hoje faz anos e também por isso está radiante. Parabéns. |