DIÁRIO
- XVI
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Data: 2014
(outubro e novembro)
ID do percurso: PR1
(VLR)-Trilho das Cascatas (Vila de Rei)
Início/Fim: Mercado
Municipal de Vila de Rei (Distrito de Castelo Branco)
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Trajeto: Mercado
Municipal > ribeira do Lavadouro > ribeira do Vale Feito > ribeiro da
Vila > Mercado Municipal
Tempo: 6
horas
Grau de dificuldade: Moderado
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Descrição: De
volta a esta vila do centro de Portugal para realizar este trilho pela segunda
vez, agora na companhia dos Silvas mais jovens.
Pegue-se no dito mapa e dobre-o
ao meio na vertical e faça o mesmo agora na horizontal. O vinco que é feito
pela interseção das duas dobras marca a Vila de Rei, mais precisamente o Centro
Geodésico de Portugal Continental, que se localiza na serra da Melriça a cerca
de 2km da Vila.
Iniciamos este interessante
percurso no centro da Vila, junto ao bonito e bem conservado Mercado Municipal.
Defronte a este mercado encontra-se a placa identificativa do trilho que
nos indica a direção a tomar e que nos leva a sair do empedrado para a estrada
de alcatrão até ao campo de futebol, junto ao qual se encontra a segunda placa do
circuito que nos indica a saída pelo caminho de terra à nossa esquerda em
direção ao Escalvadouro.
Ao longo do percurso
sobranceiro à ribeira do Escalvadouro, os Medronheiros selvagens que nesta
altura do ano se encontram carregados de frutos maduros, emprestam uma beleza
que embriaga os sentidos e o caminheiro que não se contenha no seu consumo.
Seguimos entre caminhos fáceis
e estradões largos até chegarmos ao moinho de água do Escalvadouro, junto ao
qual se precipitam as águas da Ribeira das Trutas, formando a primeira das
cascatas que vamos admirar ao longo do trilho.
Estes meses têm sido de muita
pluviosidade e o caudal das ribeiras vai alto, pelo que as cascatas estão na
sua plenitude e as suas águas precipitam-se lá do alto em grande estrondo,
terminando em lagoas que convidam ao banho. Aqui, no Escalvadouro, tivemos
tempo para descobrir uma Cache, algures por detrás do véu da cascata.
A partir deste ponto a paisagem
encontra-se em estado quase selvagem, como gostamos, mas a progressão no
terreno faz-se com mil cuidados, quer pelo caudal da ribeira, as pedras
molhadas, a densa vegetação, as silvas (não nós, aquelas trepadeiras com picos)
e as descidas e subidas acentuadas e não há como escapar de molhar o pé e não
só, visto que o trilho nos obriga a transpor as margens da ribeira em alguns
sítios ou a andar literalmente no seu leito com água acima do joelho ou mais
(não adianta tirar as botas, acreditem que é melhor continuar calçado).
Mais adiante, depois de
passarmos pelo sopé da aldeia de Paredes, descemos em direção à Ribeira da Vila
seguimos ao longo da margem da ribeira indo ao encontro de mais um conjunto de
admiráveis cascatas. A partir daqui e até chegarmos à estrada, que iremos
atravessar, a progressão faz-se com muito cuidado, sendo particularmente
difícil com piso molhado. Depois da estrada seguimos por caminho de pinhal até
encontrar de novo o alcatrão e seguir em direção ao ponto de partida no centro
da vila.
Ainda tivemos tempo de ir ao
Centro Geodésico de Portugal Continental, agora de carro, claro, subindo ao
topo da serra da Melriça donde se avista a nossa amada Serra da Estrela.
Percurso de cinco estrelas.