sexta-feira, 25 de março de 2016

PR4(NIS) - Trilhos do Conhal

DIÁRIO - XLIX
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Data: 2016 (março) 
ID do percurso: PR4(NIS)-Trilhos do Conhal
Início e Fim: Monte do Arneiro (Nisa)
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Trajeto: Monte do Arneiro > Serra de São Miguel > Buraca da Faiopa > Portas do Ródão > Conhais > Monte do Arneiro
Distância/Tipo: 12,43Km / circular
Tempo: 5 horas
Grau de dificuldade: Moderado 
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Descrição: Miniférias passadas em Vila Velha de Ródão, localidade conhecida, até então, apenas de passagem.

O rio Tejo abraça as margens desta pacata localidade e também divide aqui os distritos de Castelo Branco e de Portalegre.

Como se previa chuva para o dia seguinte, demos prioridade a este percurso que decorre na outra margem do Tejo, já no concelho de Nisa, com início junto ao Café Novo (Casa de Pasto) do simpático casal António e Celeste, na pequena aldeia de Monte do Arneiro.

O trilho é circular (recomenda-se o sentido anti-horário) e segue em direção à Serra de São Miguel, por um caminho de terra batida, logo que abandonamos a aldeia.

Já na Serra, vale a pena fazer um pequeno desvio para visitar a Buraca da Faiopa (antiga mina de ferro), devendo aqui ter-se o cuidado de não cair na tentação de o explorar sem equipamento adequado.

Seguindo agora no sentido do Castelo de Ródão (Rei Vamba) que fica no promontório do Ródão, na outra margem do Tejo, chegamos a uma das joias da coroa deste fantástico percurso, o avistamento do voo dos abutres, a maior colónia de Grifos de Portugal, um espetáculo que justifica descer alguns lanços, com as devidas precauções, para escolher o melhor ponto de observação do voo gracioso destas aves e, chegados aí, não damos conta do tempo passar.

É o local para fazer uma longa pausa e apreciar os voos rasantes e, lá mais abaixo, junto à falésia, a aproximação das grandes aves às escarpas, quais aviões de grande porte a fazer a descida para a pista já com o trem à vista (garras).

Depois de saborear este espetáculo, descemos até à paisagem repleta de amontoados de calhaus roliços, que resultam da exploração do ouro na época romana e medieval e que se avista lá em baixo (os conhais), não sem antes fazermos mais um pequeno desvio, que se justifica, em direção ao rio para ver as Portas do Rodão, essa imponente garganta escavada pelo rio, cujas águas agora elevadas pela retenção da barragem de Belver, escondem a real dimensão destas paredes escarpadas.

Antes de nos pormos a caminho para fazer este percurso, tivemos o cuidado de ficar com o contato do casal Celeste e António do Café Novo, que gentilmente nos cederam e nos permitiu, uma hora antes de finalizar esta caminhada, marcar com tempo a preparação da excelente sopa de peixe do rio e o prato de barbo frito, regado com vinho tinto da casa, rematado com outras iguarias e saudado por um belo pôr de sol alentejano.

Enfim, um excelente final para esta caminhada.
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A flor da Esteva





Ao longe o castelo do Rei Vamba
A caminho da Serra de São Miguel





Buraca da Faiopa





Vista para os conhais

Vista para o Tejo e Vila Velha de Ródão

Os Grifos


















Antigos balneários

As Portas do Ródão




Conhal




Reforço no Café Novo (Casa de Pasto) do simpático casal António e Celeste