DIÁRIO - XLIX
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Data: 2016 (março)
ID do percurso: PR4(NIS)-Trilhos
do Conhal
Início e Fim: Monte do Arneiro (Nisa)
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Trajeto: Monte do Arneiro > Serra de São Miguel
> Buraca da Faiopa > Portas do Ródão > Conhais > Monte do Arneiro
Distância/Tipo: 12,43Km / circular
Tempo: 5 horas
Grau de dificuldade: Moderado
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Descrição: Miniférias passadas em Vila Velha de Ródão, localidade conhecida, até
então, apenas de passagem.
O rio Tejo abraça as margens desta pacata localidade e também divide aqui os distritos de Castelo Branco e de Portalegre.
______________________________________________________O rio Tejo abraça as margens desta pacata localidade e também divide aqui os distritos de Castelo Branco e de Portalegre.
Como se previa chuva para o dia seguinte, demos prioridade a este percurso
que decorre na outra margem do Tejo, já no concelho de Nisa, com início junto
ao Café Novo (Casa de Pasto) do simpático casal António e Celeste, na pequena
aldeia de Monte do Arneiro.
O trilho é circular (recomenda-se o sentido anti-horário) e segue em
direção à Serra de São Miguel, por um caminho de terra batida, logo que
abandonamos a aldeia.
Já na Serra, vale a pena fazer um pequeno desvio para visitar a Buraca
da Faiopa (antiga mina de ferro), devendo aqui ter-se o cuidado de não cair na
tentação de o explorar sem equipamento adequado.
Seguindo agora no sentido do Castelo de Ródão (Rei Vamba) que fica no
promontório do Ródão, na outra margem do Tejo, chegamos a uma das joias da
coroa deste fantástico percurso, o avistamento do voo dos abutres, a maior
colónia de Grifos de Portugal, um espetáculo que justifica descer alguns lanços,
com as devidas precauções, para escolher o melhor ponto de observação do voo gracioso
destas aves e, chegados aí, não damos conta do tempo passar.
É o local para fazer uma longa pausa e apreciar os voos rasantes e, lá
mais abaixo, junto à falésia, a aproximação das grandes aves às escarpas, quais
aviões de grande porte a fazer a descida para a pista já com o trem à vista
(garras).
Depois de saborear este espetáculo, descemos até à paisagem repleta de
amontoados de calhaus roliços, que resultam da exploração do ouro na época
romana e medieval e que se avista lá em baixo (os conhais), não sem antes
fazermos mais um pequeno desvio, que se justifica, em direção ao rio para ver
as Portas do Rodão, essa imponente garganta escavada pelo rio, cujas águas
agora elevadas pela retenção da barragem de Belver, escondem a real dimensão
destas paredes escarpadas.
Antes de nos pormos a caminho para fazer este percurso, tivemos o
cuidado de ficar com o contato do casal Celeste e António do Café Novo, que gentilmente
nos cederam e nos permitiu, uma hora antes de finalizar esta caminhada, marcar
com tempo a preparação da excelente sopa de peixe do rio e o prato de barbo
frito, regado com vinho tinto da casa, rematado com outras iguarias e saudado
por um belo pôr de sol alentejano.
Enfim, um excelente final para esta caminhada.
A flor da Esteva |
Ao longe o castelo do Rei Vamba |
A caminho da Serra de São Miguel |
Buraca da Faiopa |
Vista para os conhais |
Vista para o Tejo e Vila Velha de Ródão |
Os Grifos |
Antigos balneários |
As Portas do Ródão |
Conhal |
Reforço no Café Novo (Casa de Pasto) do simpático casal António e Celeste |