domingo, 1 de janeiro de 2017

Nas Fragas da Ribeira das Quelhas

DIÁRIO - LXXIV
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Data: 2017 (janeiro)  
ID do percurso: Nas Fragas da Ribeira das Quelhas
Início e Fim: Largo da Igreja (Coentral/Castanheira de Pera)
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Trajeto: Largo da Igreja > Margens da Ribeira das Quelhas > Vale Silveira > Largo da Igreja
Distância/Tipo: 6,26 Km / circular
Tempo: 4,28 horas
Grau de dificuldade: Difícil
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Descrição: Começamos o ano com um percurso desafiante, percorrendo as margens da bonita Ribeira das Quelhas e as suas fragas imponentes, de onde as águas caem de grande altura, criando lindas cascatas e lagoas.

Depois de uma passagem de ano bem comida e pouco bebida, assim que acabaram os diversos fogos de artifício nas redondezas, era hora de descansar para logo pela manhã do novo ano rumarmos à aldeia do Coentral, em Castanheira de Pera.

Procuramos começar cada início de novo ano com uma caminhada para “queimar” os excessos das festividades e o percurso que escolhemos para fazer no primeiro dia de 2017 revelou-se de uma beleza ímpar, muito parecido com o “Cañon del Tera” em Sanabria/Espanha, embora mais complicado que este, apesar de muito mais pequeno e nada comparável no que à sinalização se refere.

As únicas marcas que encontramos para este percurso são as duas placas de madeira localizadas na praça central da aldeia e perto do cabril comunitário, local onde deixamos o estradão para seguirmos pela margem direita da Ribeira das Quelhas, entrando na pequena floresta.

A partir daqui vamos recordando a descrição do percurso que consta na página eletrónica do Município de Castanheira de Pera e, na ausência de marcação do trilho, vamos seguindo os vestígios do pisoteio de quem já passou por aqui, rastos que praticamente desaparecem ao chegarmos à rocha lisa, pelo que vamos escolhendo, visualmente, a via que julgamos mais segura ao longo das escarpas.

Esta lamentável falta de sinalética num percurso que na página eletrónica da autarquia se classifica de dificuldade elevada, sem balizamento e com ausência total de proteção em algumas passagens nas rochas, estamos em crer que inviabilizará a conclusão do circuito a quem, sem a preparação adequada, se veja confrontado com a perigosidade do terreno escarpado (nada recomendável com chuva ou piso molhado), onde impera o granito e o xisto, com muita pedra solta e a necessidade de efetuar algumas passagens entre rochas que desafiam a gravidade.

Vencidas as fragas, subimos ao estradão que nos leva ao Vale da Silveira, local de rara beleza, um espaço relativamente plano, coberto por vegetação luxuriante e de castanheiros, embelezada pela ribeira do Coentral Grande, formando também aqui bonitas cascatas cujas águas alimentam as levadas que, serpenteando por entre os soutos, nos encaminham ao ponto de partida no Coentral, aldeia serrana escondida nas vertentes da Serra da Lousã.

Um excelente começo de ano.
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Início do percurso no largo da igreja.

Última indicação do trilho junto do cabril comunitário e da Ribeira das Quelhas.



As primeiras cascatas.

Pilriteiro




O vale cavado pela Ribeira das Quelhas


A cascata maior das Fragas das Quelhas






Uf. agora é que são elas.








Local da passagem mais complicada.


Vista para o Vale da Silveira

Cascata da Ribeira do Coentral Grande

Casa em ruinas do Vale da Silveira

Vale da Silveira










O caminho das levadas