sábado, 11 de fevereiro de 2017

PR1(AGN) - Caminho do Xisto da Benfeita - Frescura das Cascatas

DIÁRIO - LXXVIII
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Data: 2017 (fevereiro)  
ID do percurso: PR1(AGN) - Caminho do Xisto da Benfeita - Frescura das Cascatas
Início e Fim: Aldeia da Benfeita (Situada entre Côja e a Paisagem Protegida da Serra do Açor)
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Trajeto: Aldeia da Benfeita > Barroca do Vale > Aldeia do Sardal > Fraga da Pena > Aldeia de Pardieiros > Aldeia da Benfeita
Distância/Tipo: 12,87 Km / circular
Tempo: 6,17 horas
Grau de dificuldade: Moderado
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Descrição: Benfeita – Aldeia do Xisto – inserida na área de Paisagem Protegida da Serra do Açor, era este o destino do primeiro de dois dias em que se previa realizar outros tantos percursos pedestres, apenas condicionados no segundo dia pelo agravamento das condições meteorológicas.

Com a Serra da Estrela como pano de fundo, repleta de um manto de neve que se estendia até aos picos mais altos da Serra do Açor, lá fomos ao encontro da até então desconhecida e simpática aldeia da Benfeita.

De mapa na mão, iniciamos o percurso perto da Junta de Freguesia caminhando pelo passeio que ladeia a rua asfaltada, no sentido da Igreja Matriz  e da Torre da Paz, assim chamada, ficamos a saber, porque foi construída no final da II Grande Guerra e todos os anos, ao dia 7 de maio, se lembra esse triste episódio da história com tantas badaladas quantos os dias que durou a guerra (1620).

Antes do passeio curvar à esquerda, avistamos um sinal de Grande Rota que nos indica o sentido de virar á direita. Hesitamos um pouco neste ponto porque existe logo ai um caminho estreito e supostamente deveria estar mais adiante. Valeu a pronta iniciativa de um simpático senhor que nos indicou que deveríamos subir o lanço de escadas que se avistavam logo em frente e que levam ao casario branco, local onde encontramos a sinalética do PR1.

Pelo caminho estreito que ladeia de um lado os muros de xisto e do outro a Barroca do Vale, delineamos um percurso circular no sentido contrário dos ponteiros do relógio, conforme era recomendado.

Quando termina a parte cultivada do vale, chegamos às margens da Ribeira do Carcavão, onde encontramos as primeiras cascatas.

As fortes chuvadas da véspera deram vida a este bonito percurso, com o piso húmido a não criar grandes complicações, contrariamente ao que se esperava, até porque os desníveis que temos que vencer são facilitados pela existência de vários lanços de escadas, no entanto, recomenda-se o uso de bastão e calçado adequado às condições de tempo.

O percurso é de grande beleza e está bem equipado com mesas de piquenique e bancos de madeira ao longo do trajeto, onde o elemento água é quase uma constante e cujos caminhos estreitos foram objeto de manutenção à pouco tempo, como pudemos verificar pela limpeza de silvas e matos em algumas zonas e a remoção de ramadas e de árvores que tombaram para os caminhos.

Em geral está bem sinalizado, embora se deva ter em conta que se partilham sinaléticas de outros percursos (Grande Rota e ICNF), mas com algumas falhas na aldeia de Pardieiros.

Nota final para o desvio que leva a um conjunto de sucessivas quedas de água, a Fraga da Pena, e que se faz por um trilho que pode passar despercebido, localizado ao Km 6.4, junto a um pilarete de madeira com marcas laranja e azul e que se destina a indicar o sentido de outros percursos do ICNF para a Serra do Açor.

A partir daí descemos em ziguezague, pela floresta da Mata da Margaraça, em direção á ribeira da Barroca de Degraínhos e vamos seguindo a sucessão de cascatas, antes de retomarmos o caminho inicial.

Este é um trilho que se recomenda fazer todo o ano, em especial com tempo fresco e a seguir a períodos de fortes chuvadas, pela magia das cascatas.
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Aldeia da Benfeita e Torre da Paz


Sinalética do PR1


Barroca do Vale



Cascatas da Ribeira do Carcavão










Fonte

Moinho de Água











Vista para Benfeita


Aldeia do Sardal










Desvio para a Fraga da Pena (Km 6,4)








Igreja Matriz da aldeia de Pardieiros

Ribeira da Mata da Margaraça


Vale da Mata

Chegada a Benfeita

Serra da Estrela vista da Aldeia das Dez, nosso "Base Camp"