DIÁRIO - LX
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Data: 2016 (julho)
ID do percurso: Lagoas
da Torre e Piornal
Início e Fim: Torre (Serra da Estrela)
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Trajeto: Torre > Poio Estrela > Lagoas Serrano e Covão das Quelhas > Covão
Boeiro > Chafariz D’el Rei > Vértice Geodésico do Cume > Vértice
Geodésico do Piornal > Chancas (Lagoas e Salgadeiras) > Torre
Distância/Tipo: 18,15 Km / circular
Tempo: 8,21 horas
Grau de dificuldade: Moderado
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Descrição: Ao fazer uma ronda pela página eletrónica da
Câmara Municipal da Covilhã, chamou-nos a atenção a descrição para quatro
percursos que decorrem por algumas das Lagoas da Serra da Estrela e ficamos
tentados a começar pelo circuito das Lagoas da Torre, até porque este percurso
nos levaria às portas do vale glaciário da Garganta de Loriga, zona que
gostaríamos de conhecer para realizar outras investidas por este lado da Serra,
lá mais para diante.
O trilho original tem apenas 8 km e é de
dificuldade baixa, de forma que resolvemos aumentar um pouco o grau de
dificuldade, acrescentando mais alguma distância para fazer um reconhecimento,
já adiado por várias vezes, à zona do Piornal (Vértice Geodésico).
Estacionamos junto aos pontos de venda da Torre
ainda os estabelecimentos não tinham aberto, mas já havia grande azáfama junto
à rotunda grande, com a montagem de gradeamentos e outros equipamentos, pela
equipa da logística que preparava a chegada, lá mais para o início da tarde,
dos ciclistas das provas de Skyroad (Granfondo e Mediofondo), que partiam de
Seia.
Esclarecida a confusão inicial e permitido o
estacionamento, começamos o nosso percurso rumando na direção das traseiras das
instalações da Torre e desde aí, com a pista de ski pela nossa direita, descemos
pelo cervunal (pasto de montanha) na direção noroeste até ao rochedo do Poio
Estrela que se avista a pouco mais de 800m do ponto de partida, obtendo-se
deste pequeno promontório rochoso umas vistas fantásticas.
A partir daqui, vamos acompanhando a
sinalização existente (mariolas e marcas de outros trilhos), que nos levam aos
pontos mais interessantes deste percurso, começando pelas Lagoas do Covão das
Quilhas e Lagoa Serrano.
À distância avistamos a Lagoa Francelha e a
Barragem do Covão do Meio, agora praticamente vazia, porque todos os anos, no
princípio do verão, o túnel desta albufeira, tal como o do Covão dos Conchos,
lagoa que fica mais para norte, desviam as suas águas para a Lagoa Comprida.
A partir do Covão do Boeiro, uma lagoa a ponto de desaparecer porque começa a ser dominada pelas turfeiras, o trilho sobe
agora por um estradão de brita, também conhecida por macadame, até chegarmos à
estrada, que atravessamos de seguida, para rumar ao Chafariz D’el Rei, pequena
lagoa a que regressaremos no caminho de volta, para molhar o pé.
Agora é seguir os mariolas, alguns de tamanho
generoso, até ao Vértice Geodésico do Cume e desde aí tomar o azimute para o
Vértice Geodésico do Piornal.
As vistas desde estes dois marcos, Cume e
Piornal, valem o esforço para lá chegar. Como curiosidade, a zona do Cume,
também é conhecida por Planalto da Expedição, por ter sido o local escolhido
por um grupo de cientistas da Sociedade de Geografia de Lisboa, para realizar
um aprofundado estudo da Serra da Estrela, zona de Portugal que era
praticamente desconhecida até finais de 1800.
Do Piornal tem-se uma perspetiva diferente e
não menos interessante dos Cântaros, para sul, e do Curral do Martins e do Vale
da Mestra ou da Barca, para norte.
Faz-se o percurso de regresso pelo mesmo caminho
até ao Chafariz D’el Rei, onde aproveitamos para nos refrescar nas suas águas, e a partir daqui seguimos por uma das derivações do PR5 (Rota do Maciço Central), que nos
levam de volta à Torre, não sem antes passarmos por pequenos charcos e lagoas,
as Salgadeiras, e tirarmos algumas panorâmicas junto à escarpa do “miradouro”
para o Covão Cimeiro e os Cântaros e, de outro ponto, para a Lagoa da Paixão ou
Peixão.
Com o somatório da variante que introduzimos no percurso original,
torna-se um pouco cansativo, mas a beleza global justificou o esforço adicional.
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Vista desde o Poio Estrela |
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Lagoas do Covão das Quelhas e Serrano e mais ao fundo a
depressão que constitui o vale glaciar de Loriga. |
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Estamos na primavera, pois claro. |
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Lagoa do Covão das Quelhas |
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Lagoa Serrano |
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A barragem do Covão do Meio |
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Barros Vermelhos |
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Turfeira no Covão do Boeiro e ao fundo a pequena Lagoa da Francelha e a Garganta de Loriga. |
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Ruínas de uma igreja. |
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Chafariz D'el Rei |
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Sinalética do percurso PR5-Maciço Central e suas variantes. |
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Vista para o "planalto da expedição" |
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É primavera... |
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...e a natureza tem destas coisas. |
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Chegada ao Cume (vértice geodésico) |
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Rumando pelos piornais, em direção ao Piornal (vértice geodésico) |
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Vértice Geodésico do Piornal |
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Vista para os Cântaros |
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Coberto de piorneira-da-estrela (Cytisus oromediterraneus) |
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Vista para o Vale da Barca |
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Charcas |
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Vale glaciar da Candeeira |
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Vista para a Lagoa do Peixão |
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Covão Cimeiro e Cântaro Magro |
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Cântaro Gordo |