DIÁRIO
- XX
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Data: 2015
(janeiro)
ID do percurso: PR5
(PMS) – Castelejo
Início/Fim: Alvados
(concelho de Porto de Mós).
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Trajeto: Alvados
> Centro de Atividades > Costa de Alvados > Chainça > Patelo >
Vale da Canada > Alvados
Distância/Tipo: 13 Km
/ Circular
Tempo: 6 horas
Grau de dificuldade: Fácil
a Moderado (baixo)
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Descrição: Um dos
percursos mais interessantes da Serra de Candeeiros, do ponto de vista natural
e paisagístico, promovido tanto pela autarquia local como pelo ICNF (Instituto
da Conservação da Natureza e das Florestas), decorrendo na zona norte do
Planalto de Santo António.
Depois da alvorada, verificação rápida do equipamento, calçar as botas e lá
seguimos em direção à povoação de Alvados.
Esta localidade situa-se numa
depressão envolta por dois planaltos tendo à esquerda o de Santo António, que
termina na Costa de Alvados e que iremos subir, e do lado direito, o de São
Mamede, partido por uma escarpa conhecida por Pena da Falsa.
Estacionamos no centro da
povoação, num pequeno parque em frente à capela. Depois de breve pausa para nos
orientarmos e acordar com o sentido que deveríamos tomar, optamos por seguir em
direção à estrutura de apoio às atividades desportivas (Centro de Atividades ao
Ar Livre de Alvados) e desde aí, seguindo as marcas do trilho, atacar a subida
da Costa de Alvados que se faz por um carreiro pedregoso que sobe na diagonal.
A inclinação é um pouco acentuada mas não nos intimida e muito menos aos
amantes do BTT que se cruzaram connosco e que, mesmo correndo alguns riscos,
desciam esta encosta com demasiada velocidade.
Do alto, a paisagem sobre a
depressão de Alvados é magnífica, podendo ver-se em baixo a zona agrícola de
sequeiro onde predomina o olival, a Lagoa de Alvados e de um lado do vale a
silhueta do Castelejo, onde iremos passar no regresso e do outro lado a Serra
Galega que se mostra por cima da povoação de Alcaria.
Chegados ao topo da subida a
paisagem altera-se. Os terrenos estão compartimentados com muros de pedra os
“chousos”, que albergam os animais (ovinos e bovinos) e os campos de pasto.
Continuamos no sentido
contrário ao cabeço da Fórnea que se avista para NW, seguindo as marcas
colocadas nos referidos muros, algumas já a precisar de tinta fresca, até
chegarmos ao estradão de brita (branca) passando nas imediações do geodésico da
Atalaia e próximo das pequenas povoações de Chainça e mais adiante Covões Largos,
onde avistamos alguns dos exemplares da fauna típica desta serra:
gralha-de-bico-vermelho (muitas), peneireiro-comum (dois) e perdizes (seis) e
foi com agradável surpresa que, quando chegamos às proximidades do marco
geodésico, conseguimos avistar para NE as serras do Açor e da Estrela, cobertas
por um denso nevão.
Depois de atravessar a zona de
planalto iniciamos a descida do Patelo até ao Vale da Canada, avistando-se à
nossa frente uma das maiores escarpas de falhas do Maciço Calcário e que dá o
nome a este bonito percurso, o Castelejo, que um dia iremos tentar transpor.
Já próximo do final, saímos do
estradão por um trilho que quase nos passava despercebido e que atravessa a
ribeira da Canada pela frente do maciço do Castelejo, levando-nos, sempre a
descer, por um pequeno bosque de carvalhos até chegarmos à povoação de
Alvados.
Bonito percurso paisagístico, cujo grau de dificuldade anda entre o baixo a
médio.
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