DIÁRIO
- XIII
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Data: 2014
(agosto)
ID do percurso: PR6-Trilho
da Fórnea + Nascente do Lena (Alcaria-Porto de Mós)
Início/Fim: Estacionamento
junto ao Café da Bica – Alcaria (concelho de Porto de Mós).
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Trajeto: Café
da Bica (Alcaria) > Fórnea > Cova da Velha > Cascalheira > Cabeço
da Fórnea > Nascente do Lena > Café da Bica
Tempo: 4
horas
Grau de dificuldade: Moderado
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Descrição: O
percurso tem início em Alcaria, junto ao café da Bica que fica ao lado da
estrada que liga Porto de Mós a Alvados.
Dirigimo-nos para a placa que se avista logo aí, indicando o caminho para SW
para o PR6-Fórnea.
Neste início do percurso
podemos observar, nos terrenos agrícolas com olival, algumas plantas aromáticas
como sejam o poejo, o alecrim e o tomilho, muito abundantes não só aqui como em
quase todo o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros.
Seguimos sempre em frente pelo
caminho de terra, sem mudar de direção, acompanhando no início e, já perto de
chegarmos ao anfiteatro da Fórnea, a sua ribeira que é alimentada pelas águas
que correm no inverno pelas cascalheiras da vertente, estando praticamente seco
nos meses de verão, como agora.
No leito do ribeiro dentro do
anfiteatro, observam-se grandes blocos calcários e rochas sedimentares,
formando conglomerados e com um pouco de sorte podemos observar fósseis de
restos de animais marinhos.
A Fórnea é uma estrutura em
anfiteatro constituída de rocha calcária com 500 m de diâmetro e 250 m de
altura, que já iremos subir pela cascalheira que avistamos a Sul, não antes de
passarmos pela Cova da Velha onde se encontra uma das nascentes que também alimenta
a ribeira, mas que agora também se encontrava seca.
Subimos pela cascalheira que se
encontra na vertente Sul, em direção ao Cabeço da Fórnea, tarefa um pouco
exigente devido não só à grande inclinação do terreno, como também pela
instabilidade do chão que pisamos.
Do alto do cabeço avistamos
para SW a povoação de Chão de Pias. Continuamos a subir para Norte e podemos
observar mais de perto as enormes cavidades que bordejam o topo do anfiteatro e
que, vistas de lado, parecem enormes ondas.
Logo que começamos a descer,
seguimos em direção ao vale que toma o sentido de Porto de Mós. Nesta parte do
percurso podemos ver vários fósseis de amonites, alguns em bom estado de
conservação e de dimensões generosas.
Chegados ao vale onde nasce o
rio Lena, apenas testemunhamos a sua existência no leito já seco e gretado pelo
sol.
O regresso faz-se agora pelo
sentido contrário passando junto à Fórnea, que fica agora à nossa direita, e
rumamos à esquerda por uma estrada de terra que vai entroncar, mais adiante, no
caminho que já fizemos logo no início e que nos leva ao ponto de partida no
estacionamento junto ao café da Bica.